sexta-feira, janeiro 30, 2004

Em defesa da família. Sempre!

Um dos temas que neste blogue costuma registar mais comentários é o que anda à volta do "triângulo" família-casamento-homossexulalidade. Proponho-me, agora e aqui, apresentar a minha opinião fundamentada, de modo a esclarecer todos aqueles que afirmam não compreender a postura dos que defendem o conceito tradicional da família (tradicional enquanto união de um homem com uma mulher).
Convém, primeiramente, chamar a atenção de que sou católico, mas que tenho também o discernimento e capacidade suficientes de pensar pela minha cabeça. Depois, quero alertar os mais precipitados que tenho uma visão aberta da realidade actual, pelo que nada me move contra a condição homossexual.
O que não admito na minha forma de ver um mundo cada vez mais globalizado e liberto de preconceitos (e ainda bem nalguns aspectos!) é a banalização com que alguns pretendem considerar o conceito de família, enquanto instituição que se materializa, quanto a mim, na união estável e leal de um homem e uma mulher. Não me podem obrigar a alterar o significado de um conceito que tem milhares de anos e pelo qual rejo a minha forma de estar na vida, sobretudo enquanto cidadão que constituiu a sua própria família.
Nada me move contra os casais homossexuais enquanto isso mesmo, casais, mas daí a virem invocar que são uma família e que exigem que lhes seja permitido casar e adoptar crianças vai uma distância, que quanto a mim é incomportável.
A sociedade actual passa por mudanças ao nível das mentalidades e dos comportamentos, cuja velocidade dificulta a análise fria e serena de novas realidades, como é o caso da união entre homossexuais. Não me deixo levar por essa velocidade. Pelo contrário, penso não haver qualquer obstáculo a que se constituam casais homossexuais, mas já no que se refere a que a estes sejam concedidos os direitos e deveres inerentes ao de uma família, já não me parece razoável. E, isto por uma razão muito simples: a família, enquanto união de um homem e uma mulher, é, para mim, a célula fundamental da sociedade e, deve ser a partir dela que se deve fomentar a descendência. Logo, a formação e educação de uma criança deverá ser concedida, quanto a mim, apenas aos casais heterossexuais, pois uma criança que cresça num ambiente dominado pela homossexualidade terá sempre dificuldade (nem que seja inconscientemente) de descobrir e exteriorizar a sua tendência sexual, já para não falar da falta que lhe fará a figura do pai ou da mãe.
Dito isto, volto a frisar que nada me move contra os homossexuais e aqueles que se querem constituir como casais, mas têm de compreender que, e desculpem-me a comparação se for ofensiva, tal como alguém que nasceu sem jeito para a pintura não poderá aspirar a ser um grande pintor, também aqueles que nasceram homossexuais, não poderão, no meu entender, desejar contrair matrimónio e, muito menos adoptar crianças.
O mundo não nasceu igual para todos...

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