O ano de 2004 vai, certamente, ser marcado por uma série de acontecimentos que não vão deixar que os portugueses fiquem sem assunto para comentar. Por um lado, temos o caso Casa Pia, que, logo no primeiro dia deste novo ano teve desenvolvimentos inesperados, deixando de "boca aberta" todos aqueles que têm seguido com interesse este caso... Esperemos que o tipo de notícias que hoje vieram a lume (o envolvimento, mesmo que indirecto, de Jorge Sampaio e António Vitorino neste caso) não descredibilizem este processo judicial, pois das duas uma: ou este tipo de notícias vêm "ajudar" os actuais arguidos, dando a entender que tudo não passa de uma cabala; ou o caso é muito mais grave do que se pensa e é o PS, mais do que os pedófilos, que está em julgamento.
Por outro lado, este novo ano será marcado pelo continuar da crise económica, que se espera que abrande quando o EURO 2004 se iniciar e Portugal for "invadido" por adeptos do futebol, ávidos de assistir ao Europeu e, esperemos nós, de aproveitarem o nosso país para passarem umas boas férias, gastando por cá os euros que trazem nos bolsos. Esperemos é que não tragam confusões atrás de si...
A nível político teremos as eleições europeias a 13 de Junho e as eleições regionais em Outubro. O mais certo é que, em plena época "futebolesca" e de gozo de férias, se assista à maior percentagem de abstenção de sempre registada nas eleições para o Parlamento Europeu. Tal e qual como os portugueses se (des)interessam cada vez mais pela política, estas eleições serão um autêntico aborrecimento. Quanto às regionais, serão mais um passeio para Alberto João Jardim na Madeira e um provável ressurgimento do PSD nos Açores. Certamente que em relação às Presidenciais de 2006, Santana Lopes continuará com a sua conversa "inconsequente" e novos "chamamentos" serão feitos a Cavaco Silva. O PS comportar-se-á como um partido "morto-vivo", à espera do aparecimento de um qualquer salvador...
Os portugueses continuarão a não poder ouvir falar do défice e os sindicatos aproveitarão a continuação da "maré baixa" para fazer greves e manisfestações, exercendo a oposição ao Governo, que o PS não faz.
Esperemos que a nossa selecção de futebol faça boa figura no Europeu (um dos três primeiros lugares será pedir muito?), para que, ao menos o "zé povinho" possa durante este ano ter alguma razão para sorrir.
O grande flop do ano será, provavelmente (caso a nossa selecção se porte bem e o processo da Casa Pia tenha um final "justo"!), o desprezo que os portugueses irão dar à comemoração dos 30 anos da Revolução de Abril... Assim se vê como o interesse dos portugueses pela História de Portugal anda pelas ruas da amargura... Infelizmente...
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