O dia de hoje acordou de forma trágica com o atentado terrorista ocorrido bem aqui ao lado em Espanha, com consequências trágicas em termos de número de mortos e feridos, já para não falar de toda a carga psicológica e emotiva subjacente.
No Parlamento português, todos os grupos parlamentares manifestaram repúdio pelo atentado perpretado contra alvos civis. No entanto, mais uma vez, a esquerda ortodoxa portuguesa, com destaque para o PCP e o BE, veio com palavras dúbias, contrastantes com o facto de alguns elementos da esquerda portuguesa terem já, no passado, feito declarações na defesa da independência do País Basco. Claro que agora todos condenam a estratégia da ETA, mas para se combater o terrorismo não basta condenar os actos terroristas. Deve-se ir às próprias causas desse terrorismo.
Claro que já se ouvem vozes na esquerda a dizer que este atentado nada tem que ver com a ETA, mas sim com a acção de grupos terroristas árabes. Ora, tal ideia demonstra duas posições: por um lado, a de que a esquerda não quer acreditar que a ETA seja capaz de matar tanta gente, esquecendo-se que um atentado que mata duas pessoas só difere de outro que mata duzentas nos números, pois ambos os actos são condenáveis e execráveis na mesma; por outro lado, parece que alguma esquerda retrógrada espera que os atentados terroristas cheguem aos países da coligação como prova da defesa da sua condenação à invasão do Iraque...
Uma coisa é certa. O terrorismo combate-se não com palavras vãs, mas com posições coerentes e medidas concretas e firmes de condenação às exigências desses grupos terroristas...
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