Este é o sentimento com que muitos dos mais de 100 000 professores iniciaram o dia de hoje, que marca o começo de mais uma longa caminhada na procura de uma vaga numa qualquer escola perto de casa. Ao longo dos próximos oito dias, milhares de professores e de candidatos a esta profissão vão estar "embrulhados" em impressos de candidatura e centenas de folhas com códigos de escola, embuídos na arte de investigar para tentarem saber quais as hipóteses que têm de ficar numa escola da sua preferência.
É quase um tiro no escuro, pois com a diminuição de vagas existentes e as "trocas e baldrocas" que ocorreram no ano passado, a confiança da maioria dos professores no novo sistema de colocação de docentes não é das melhores.
Quantos casais vivem separados ao longo da semana, por um dos cônjuges ou os dois, se encontarem longe de suas casas a leccionar? Quantos professores vivem no sobressalto de, no próximo ano, terem que ir para outra escola situada bem longe de casa? Quantos professores leccionam há dez ou mais anos sempre a "saltar" de escola em escola?
Não é uma vida fácil... Este é o sexto ano em que dou aulas, sempre em escolas diferentes, de regiões diferentes e, apesar de já estar vinculado (numa zona a mais de 100 Km de casa), não sei se no próximo ano ficarei ou não, finalmente, perto de casa. Já nem falo daqueles que não estão vinculados ou dos que acabaram uma qualquer licenciatura em ensino, pois as suas expectativas devem ser tão baixas, que, provavelmente, nem devem ter tempo para stressar...
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