No dia em que oficialmente se dá início a mais um ano lectivo, importa parar um pouco para reflectir nos mais recentes números da OCDE vindos a público sobre o estado da Educação em Portugal em comparação com os restantes países da OCDE. Já sabemos que Portugal tem um rácio professor/alunos abaixo da média europeia e que as taxas de abandono e insucesso escolares são desastrosas...
Ora, já o povo diz, e com sabedoria, que "sem ovos não se fazem omoletes", o que, ao nível da área da Educação será o mesmo que dizer: sem professores motivados não pode haver um ensino de sucesso. Neste início de ano lectivo, mais uma vez, somos confrontados com uma realidade em que mais de metade dos professores (presume-se uns 50 a 60 mil) ainda não têm escola e, quando a tiverem será, para muitos deles, bem longe da sua área de residência. A verdade é que este problema castrador do sucesso escolar já ocorre há muitos anos e, talvez seja, das principais causas para que o processo de ensino-aprendizagem tenha muitas falhas. Atente-se que as escolas com melhores médias costumam ser as que têm um quadro docente estável e permanente, o que, na actualidade, é uma excepção do nosso sistema educativo...
Penso que já nem vale a pena falar dos salários médios dos professores, no número médio de alunos por turma ou na falta de uma Ordem dos Professores com verdadeiro peso na acção política. Enquanto o nosso sistema de ensino for uma espécie de mesa de ping-pong, com milhares de professores a "saltarem" todos os anos de uma escola para a outra, o sucesso será dificil de alcançar. Com o nosso País a ver passar os outros à frente...
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