O Público de hoje dá a conhecer alguns números alarmantes sobre a crise do casamento na sociedade portuguesa. Segundo o referido diário, no ano de 2002 realizaram-se menos de cerca de 2 000 casamentos do que em 2001, enquanto que o número de divórcios aumentou em quase 10 000, o que revela uma tendência alarmante.
Uma das causas para este fenómeno relaciona-se com o facto de, actualmente, as relações afectivas terem um carácter muito mais instável e passageiro, pouco condizente com a efectivação de uma união jurídica (já nem falo no carácter religioso da mesma) que assenta em princípios de fidelidade e respeito mútuo, que hoje em dia parecem passar ao lado de muita gente.
Seria bom que o Estado desse reais passos na defesa da instituição do casamento, por forma a que não se esteja a caminhar para uma sociedade disfuncional, onde o que conta são as relações fugazes e efémeras, potenciadoras de situações caricatas que se vão tornando cada vez mais rotineiras na nossa sociedade: aumento dos celibatários, em contraposição com o crescente número de filhos de mães solteiras e de pais desconhecidos e com a banalização dos casos de filhos de pais divorciados... Enfim, uma série de situações onde os filhos são, muitas vezes, o resultado de meras paixões bacocas, vendo-se obrigados a crescer em ambientes confusos, sem a presença do pai ou da mãe... Muitas vezes, até são os avós que fazem o papel que deveria ser dos pais!
Tal como se concedem benefícios às famílias que têm mais de dois filhos, para quando, por exemplo, a concessão de regalias e benefícios fiscais às famílias estáveis que se preocupam com o crescimento harmonioso dos seus filhos?
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