Hoje foi aprovada pelo Parlamento francês a lei que proíbe o uso de "símbolos religiosos ostensivos", tais como o véu islâmico, a "kippa" judaica ou as cruzes cristãs, nas escolas públicas. Contudo, este assunto tem sido, regra geral, abordado parcelarmente e de forma pouco rigorosa, resumindo-se o âmago da questão apenas ao véu islâmico. De facto, tanto os comunistas franceses, como a esquerda portuguesa (com destaque, mais uma vez, para o PCP e o BE) têm focado a questão numa vertente vitimizante e persecutória, como se o que se pretendesse com a lei fosse inferiorizar as comunidades muçulmanas, que têm o véu islâmico como o mais importante símbolo externo dos seus ideais fundamentalistas.
Esta situação faz-me lembrar a retórica que os grupos de homossexuais costumam utilizar quando uma qualquer lei os impede de usufruir de determinados direitos que, por exemplo, são concedidos aos casais heterossexuais. O primeiro e principal argumento que utilizam é o de que estão a ser alvo de discriminação... Será que custa assim tanto perceber que, quando se legisla neste sentido, o que se pretende não é discriminar, mas sim defender valores e ideais pelos quais a sociedade se deve reger? E, a verdade é que qualquer um pode ser cristão, muçulmano ou judeu sem ter que o "propagandear"...
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