segunda-feira, julho 21, 2003

Para o ano há mais!

E lá acabou mais um Festival de Vilar de Mouros! Este ano, com um cartaz menos "chamativo", mas com uma adesão que não ficou aquém do esperado, pelo menos na primeira noite. Dos grupos que vi actuar na sexta feira, que quanto a mim apresentava os grupos mais conceituados, destaco dois pela positiva, um pela surpresa que suscitou e um pela negativa.
Comecemos pelo pior da noite: os Sepultura. Não sei como é que há gente que consegue suportar com o barulho que os tipos fazem. O vocalista parece que passa o concerto a "ladrar" e quando se percebe o que diz, tudo se resume a um "enlatado de asneiras porcas". De vez em quando lá falava em português, tentando ser simpático. Mas, enfim, simplesmente não consigo aguentar com o estilo de música (será que se pode chamar música?) que estes brasileiros praticam.
A surpresa positiva: os Planet Hemp. Também oriundos do Brasil, estes rapazes esforçaram-se por dar a conhecer o seu rock pesado, mas bem mais perceptível que o dos seus conterrâneos Sepultura. Embora estejam dependentes muito do som das guitarras eléctricas, os Planet Hemp tentam inovar no sentido de compatibilizar um som agressivo com a voz algo "titubeante" do vocalista. Valeu pela surpresa.
Agora o melhor da noite: HIM e Guano Apes. Destaco os primeiros pelo profissionalismo que demonstraram. Os cinco elementos do grupo finlandês encaixam na perfeição uns nos outros e ouvi-los em casa ou ao vivo é quase igual na claridade com que se percebem as músicas. O som dos instrumentos foi perfeito e a voz de Valo estava, apesar das dezenas de cigarros que constantemente fumou durante o concerto, simplesmente igual a si mesma. Depois há que destacar que os HIM não se limitaram às músicas do último álbum, tendo tocado todos os seus sucessos. Por outro lado, Valo estava bem disposto, algo sobranceiro e demasido vaidoso, mas que lhe permitiu falar com o público, explicando o significado de algumas letras, chegando mesmo a revelar as circunstâncias como algumas foram escritas. Resumindo: valeu a pena! Quanto ao segundo destaque, os Guano Apes, estiveram iguais a si próprios, como se sentissem em família. Sendo a enémisa vez em que estão em Portugal, os alemães tocaram todos os grandes êxitos na perfeição e a vocalista deslumbrou-nos com uma energia, que lhe valeu um encore.
Quanto ao resto, o ambiente de sempre, embora este ano ajudado pelo tempo que se fez sentir pela terra minhota. Foi pena o cartaz das outras noites ter privilegiado a música alternativa, que originou menor adesão por parte do público, mas o espírito de Vilar de Mouros manteve-se! Para o ano há mais...

Sem comentários: